domingo, 27 de setembro de 2009

Um momento da sua atenção

Pois é, lá vou com os posts fora de tema de novo.Bem, acho que eu não consigo evitar...

Enfim, apesar deste humilde blog ser obscuro toda vida, o belo site de jogos EArena Games (eu tenho que puxar o saco,ué...), como parte da sua série de reportagens sobre os mais diversos blogs brasileiros sobre jogos, publicou uma entrevista feita comigo sobre o Gamer Atrasado recentemente.A série é bem legal, e já entrevistou vários blogs bacanas, como os dos meus parceiros de Retrocast, Game Retrô e First Stage; quem estiver afim de ler a entrevista, pode conferir aqui.

(Só ignorem a minha foto, por favor...)

sábado, 26 de setembro de 2009

Space Marines Must Die!!!

Na cena criativamente estagnada e forçadamente derivativa em que nos encontramos, são poucos jogos conseguem ascender de meros lançamentos da semana para uma posição mais culturalmente duradoura.Destes que conseguem, menos ainda fazem o proeza de se tornarem importantes o suficiente para se tornarem eventos culturais, influenciando não só os jogos á sua volta, mas de certa forma todo panorama "zeitgeistico" de toda uma geração.Mas raro mesmo sejam aqueles que conseguem tudo isso sem ter qualquer característica definitivamente revolucionária.Mas como essa nossa cultura contemporânea pós-moderna é uma bagunça dos infernos mesmo, vamos deixar de soliloquar e ir logo pro texto.

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Sabe, escrever é difícil.Tipo, muito difícil.Pra mim, na maioria das vezes, não é só uma questão de vontade ou de comprometimento; precisa de uma combinação sutil de tempo, ânimo e força de vontade.Ou tem outras vezes que os textos simplesmente saem sem dificuldade.Esse é provavelmente o problema com esse blog.Às vezes, escrever pra cá pode ser brutalmente estafante, antes mesmo de começar, e nem sempre é recompensador.Olha, é que eu gosto de escrever, mas o que sai aqui normalmente não é algo que eu possa sair mostrando para todo tipo de pessoa dizendo "Olha, que legal!".Sabe, ainda se fosse um blog de cinema, ou música; tem gente que escreve sobre o Wim Wenders ou o Arcade Fire; já o meu material é Serious Sam.Mas como eu não faço mais nada de útil na minha vida, é isso que parece (ou eu acho que parece - se só esse pequeno parágrafo incerto não denuncia, eu sou levemente neurótico).Mas, como eu já devo ter mencionado mais vezes do que me lembro, mas menos do que seria necessário para fixar a idéia no inconsciente do meu leitor hipotético, a idéia de escrever a respeito de um tema é justamente o que mantém esse blog vivo, ainda que em algumas vezes (tá, em quase todas), dê uma preguiça desgraçada começar.Eu sei, eu sei, eu normalmente começo os textos com "X foi lançado no ano Y pela produtora W", mas é que o primeiro parágrafo, a introdução da crítica (porque eu enchi o saco de chamar meus textos de análises - isso é o que a gente faz na escola/faculdade/pós-graduação pra ganhar uns pontos a mais) já foi escrito há dois meses, enquanto o corpo do texto permaneceu inexistente, e eu agora resolvi investigar as razões pelas quais simplesmente eu padeço dessa leniência mental.

Pois é, chega de soliloquar.


Então, Halo:Combat Evolved foi lançado em 2001, pela Bungie, para o então novo console da Microsoft, o Xbox.Creio que, se você entende algo que seja de jogos, já deve ter ouvido falar desta peça aqui; deste o seu lançamento, ele se tornou o mais popular, e por consequência, o jogo-símbolo da caixona preta da empresa do diabólico magnata e filantropo Bill Gates.O curioso é que o principal trabalho da Bungie antes havia sido a trilogia Marathon, uma série de jogos de tiro em primeira pessoa exclusiva para... Macintosh.Bom, isso é ironia, mas o Steve Jobs também deve ter uma parte com o capeta, então, creio que está tudo em casa.Mas associações demoníacas juvenis á parte, vale lembrar que essa crítica não está sendo baseada na versão de Xbox, e sim, na adaptação lançada para PC em 2003; acreditem, não há nada que me interesse muito no Xbox original, além de Ninja Gaiden e a sequência de Crimson Skies (e uns jogos obtusamente obscuros, tipo Gunvalkyrie, Phantom Dust e Oddworld:Strangers Wrath), que me valha o investimento de achar um que funcione.Além do mais, jogar essa versão ao invés daquela que fez o jogo famoso, permite perceber o seu design em uma escala mais crítica.


Explica-se: Halo é um jogo de tiro em primeira pessoa.Você saracoteia por ai, arranjar armas, e atira contra inimigos que, olha só, também atiram em você.Existem umas outras coisas diferentes, como dirigir veículos e tal, mas o jogo não perde muito tempo com bobagens como variações de jogabilidade e desafios cerebrais, e foca mesmo no combate.Mas o negócio é, á época do seu lançamento, supostamente, os jogos de tiro em primeira pessoa ainda não tinham conseguido decolar nos consoles (que acha isso certamente nunca jogou Goldeneye, mas enfim), e Halo trouxe uma série de inovações á respeito da jogabilidade.Em princípio, algumas diferenças dos jogos de tiro de então; pra começar, O sistema de energia em Halo não é uma linear, ele é estrutura em uma barra linear, que se esgota com alguma rapidez, mas se regenera se você esperar algum tempo;toda vez que essa barra é esgota, são consumidas uns quadradinhos que ficam localizados embaixo dela na tela.Uma vez acabados os quadradinhos, é fim de jogo.Como a vida do jogador se regenera, se cria um equilíbrio algo delicado na manutenção da sua vida, forçando o jogador á prosseguir com mais cautela se ele tem poucos quadradinhos.Isso cria uma progressão que é um pouco mais pausada e minimamente estratégica (embora o design de níveis raramente tira proveito disso para criar situações de combate empolgantes - mais nisso daqui á pouco) do que no FPS tradicional, que prioriza os reflexos rápidos.


Outra diferencial que adequou o jogo para o console se dá no trato das armas adquiridas pelo jogador; ao invés de ir pegando armas e ir acumulando um verdadeiro arsenal (pra no final das contas só ficar usando duas ou três armas mesmo), em Halo, o jogador só pode carregar duas armas de cada vez, se reabastecendo e trocando com as armas largadas pelos cenários.Embora essa limitação reduza um pouco a liberdade de formas de jogar o jogo, ela força o jogador a pensar um pouco em qual armas seria mais apropriada para cada situação.Só existem umas dez armas no jogo, e, embora eu realmente gostaria de dizer que existe uma para cada situação específica, isso não acontece lá com muita frequência, especialmente com a falta de variedade dos oponentes.As armas podem ser dividas em dois grupos, as dos humanos, e as da facção alienígena que é nossa inimiga declarada da vez.Enquanto as armas terráqueas são bastante tradicionais dos conhecedores de jogos de tiro (pistolas, rifles de assalto, espingardas, lança-mísseis), usam munição que deve ser encontrada, e demoram um pouco mais para recarregar, as armas dos aliens são todas baseadas em energia, então, não precisam ser recarregadas (acabou a energia? Joga fora!), podem superaquecer se usadas rapidamente sem pausa, e, segurando o botão de tiro, elas emitem um disparo mais poderoso.Existe ainda uma arma alien bastante curiosa, a Needler, que emite disparos que seguem os inimigos, grudam neles e depois explodem.È uma pena que, apesar de ser a única arma diferente do jogo, é também a mais inútil.Há também dois tipos de granadas diferentes; as normais, que explodem rapidamente, e as de plasma, que grudam em superfícies e inimigos, e explodem depois de um tempo.


Bom, eu já expliquei como você mata seus inimigos, mas não quem são eles, ou quem é você.Os detalhes da trama de Halo são mais ou menos conhecidos daqueles até minimamente familiares com o jogo; tem esse cara de armadura, o Master Chief, que mata os aliens e salva o mundo.Na verdade, a trama de Halo é um pouco mais complexa que isso, mas boa parte dessa complexidade emergiu naqueles projetos pós-ganho de popularidade do jogo, tipo, livros, gibis e o escambau (as novelizações Halo conseguiram uma popularidade surpreendente lá fora, chegando até a figurar em listas de mais vendidos - o que, hoje em dia, em que essas listas estão cheias de coisas como, sei lá, Crepúsculo ou Paulo Coelho, não quer dizer muita coisa).Bom, com o jogador no controle do estóico supersoldado especial, o jogo começa na espaçonave Pillar of Autumm (agora você já sabe qual vai ser a profissão dos poetas desempregados do futuro - dar nome á espaçonaves), que está fugindo de um planeta que acabou de ser atacado pelos Covenant, os tais dos aliens malvados, com quem os humanos estão engajados numa guerra sangrenta.A nave acaba sendo interceptada pelos Covenant, e é derrubada, caindo numa estrutura próxima, um bizarro planetóide em forma de anel.


Master Chief e sua fiel escudeira, Cortana, a inteligência artificial em forma de adolescente roxa de cabelo curto, saem para explorar o lugar, e acabam descobrindo que o lugar possui uma importância religiosa para os Covenant, e por isso, está cheio deles.Muitos combates acontecem, você dirige uns veículos legais, e acaba descobrindo que o tal anelzão que dá nome ao jogo guarda um segredo que pode ameaçar todo o universo, e pra variar, é sua missão impedir.Enquanto, em termos de narrativa de jogo clássica, aquele que serve como um meio para um fim, a história funciona, com direito á algumas ceninhas surpreendentemente divertidas (como uma discussão entre Cortana e uma bolinha-robô flutuante bipolar de sotaque inglês), se alguém vier dizer pra você como a história de Halo é boa, bom, aconselho se afastar desse indivíduo (ou melhor, empreste pra ele uma cópia de Planescape:Torment).Apesar do charme de blockbuster-com-algo-a-dizer, não há nada aqui que salte a vista, e embora haja uma reviravolta lá pelo meio da história, ela serve mais para introduzir um novo tipo de inimigo (os parasitas-zumbis-orgânicos conhecidos como The Flood) do que para dar uma sacudida no jogador (o que é até bom, já que até aí eu já tava cheio de lidar com os mesmos quatro tipos diferentes de Covenant disponíveis).É válido mencionar que A Grande Revelação parece ser a grande muleta das narrativas modernas, como se toda história precisasse surpreender ou ser mais esperta que o jogador para, sabe, ser boa!O pior é que isso faz com que o público geral acabe por valorizar muito mais enrolações e hermetismos cosméticos de roteiro do que ou alguma coisa genuína a dizer.


As analogias bíblicas presentes (Halo significa 'auréola", como a dos anjos, Covenant remete á idéia de pacto divino, e The Flood é uma óbvia referência ao dilúvio) também estão lá mais para dar uma impressão de profundidade do que refletir alguma coisa sobre a narrativa, mais ou menos como os nomes dos Summons em Final Fantasy, ou as referências á mitologia nórdica em Max Payne.Porém, a seu favor, o jogo ainda tem uma identidade visual única, que certamente o coloca á parte da inescapavelmente genérica produção de ficção científica moderna.Os visuais das roupas e armas dos Covenant são bem viajantes e distintamente "aliens", enquantos eles próprios são bem diferentes do típico etê insetóide (os menorzinhos, os Grunts, são baixinhos e cuti-cuti, e parece que não estariam fora de lugar num jogo da Nintendo).Os cenários, por sua vez, alternam entre instalações igualmente doidas, e imensos cenários, perfeitos para serem percorridos pelos veículos.O problema é que o design de níveis, em algumas fases, é ruim de doer; existem algumas fases que basicamente repetem os mesmos padrões de níveis com de corredores estreitos e salões amplos de novo, e de novo, e de novo, até o jogador começar a questionar se não está jogando um save antigo (ou questionar a própria sanidade).A imensa maioria das fases tem um layout preguiçoso, salvo raras exceções (como o nível de introdução dos Flood, ou uma fase passada numa ilha que pode ser circulada á vontade).Mas pelo menos Halo tem uma bela trilha sonora, que incluí um dos temas mais memoráveis da história recente dos jogos.


Mas com tudo isso que foi falado, ainda não cheguei no ponto principal do sucesso de Halo; o seu modo multijogador.Graças ao modem embutido do Xbox, este jogo foi um dos grandes responsáveis pela popularização da jogatina online nos consoles, algo que, hoje em dia, é via de regra nos títulos Triple-A.Apesar da idade, Halo para PC online tem ainda muitas seguidores, o que permitiu que esse experimento foi feito.Pois bem, aí temos o primeiro jogo do Gamer Atrasado cujo componente online foi analisado.E como foi?

Bom, nada demais.

Veja bem, Halo online é bem divertido; tem os modos clássicos (mata-mata, capture a bandeira, e tal), a ação é dinâmica, e a presença de dos veículos torna o combate mais interessante (o Warthog, por exemplo, pode ser dirigido por um jogador, enquanto outro assume a artilharia, enquanto a Banshee é um veículo voador que é bastante satisfatório de controlar).É básico, mas funciona, embora a minha mentalidade pós-Team Fortress 2 me faça o achar simples demais (esse foi o único jogo online que eu dediquei - e eventualmente, ainda dedico - uma quantidade considerável de tempo).As decisões de design que fazem do modo para um jogador ter um ritmo diferente, mais estratégico, porém, não surtem muito efeito aqui, já que a tendência é escolher uma arma, lutar, morrer, voltar e começar de novo.No mais, não existe nada que o torne muito diferente dos outros tantos zilhões de jogos de tiro em primeira pessoa por aí.O quê realmente fez diferença para Halo, talvez, seja o fato de que ele estava no lugar certo, e na hora certa; para decolar, o Xbox precisava de um jogo que mostrasse suas capacidades, e este foi a resposta.


Mas o tempo passa, e as rachaduras na estrutura começam a aparecer.Hehe, essa é a graça de fazer esse blog; dá pra julgar os jogos por o que eles realmente são; as tendências mudam, os gráficos ficam mais bonitos, e só o design deles persiste.Como as críticas são feitas no momento do seu lançamento, um jogo, mas do que qualquer outro tipo de obra entra para a história pelo que ele é naquele momento.Também não ajuda o fato de que a nostalgia vive se intrometendo no senso crítico dos ditos jornalistas de jogos de hoje.Eu creio que tirar a momentualidade é um jeito de elevar um pouco a condição cultural do jogo á uma coisa mais perene do que a que ele representa no momento em que é lançado.O que é difícil, porque o mercado está á cada dia. mais saturado de versões, remakes, e sequências que não adicionam muita coisa ao original.


Apesar dos pesares, a influÊncia de Halo na cultura dos jogos é algo tremendo.Não só algumas de suas mecânicas foram apropriadas pela grande maioria dos títulos que o seguiram (e que queriam uma fatia do seu público), como alguns outros jogos não fazem a menor questão de serem sutis em copiá-lo completamente (o recente jogo de tiro para Wii The Conduit é um bom exemplo).Não só isso, como a sua imensa popularidade nos EUA fez ele figurar em programas de TV e até virar notícia em jornais (basta lembrar do burburinho causado pelo lançamento de Halo 3, há dois anos atrás; o título foi alardeado como "o maior evento da indústria do entretenimento", e, sim, vendeu á beça - pra ser batido no ano seguinte por Grand Theft Auto 4).Uma série de animação que usa a engine do jogo, Red Vs. Blue, que zoa com as angústias existenciais dos personagens de uma partida de multiplayer, também ganhou notoriedade, e abriu espaço para a cultura dos machinima (animações feitas dessa forma).Isso sem contar os montes de pseudo-ações de merchandising que expandem, de forma desengonçada, o universo do jogo, como os mencionados livros, uma graphic novel (com uma história que foi até desenhada pelo Moebius, uma das lendas do quadrinho francês), uma futura série de animes, e até um filme que seria dirigido pelo Peter Jackson, se não tivesse sido cancelado (mas as suas sobras acabaram formando Distrito 9, um dos filmes mais elogiados desse ano).Diabo, que eu saiba, tem até uma música da Beyónce, a calipígia diva do R&b pré-fabricado norte-americano chamada Halo.


Pois bem, Halo é um treco bem grande, ao que parece.Então, acho que o jogo não teria se tornado um força cultural tão grande se apenas estivesse no lugar certo e na hora certa, como eu disse antes; há uma certa adequação cultural que permitiu que ele virasse essa coisa toda.Pensemos bem: o sucesso de Halo se deu principalmente nos Estados Unidos, que conta não apenas pela uma base maior de Xboxes instalados, mas também nutre um certo fetiche pela sua própria tradição militarista-belicista.Explico: durante a sua jornada, Master Chief (que por si só, já é uma figura atávica da cultura militar, o soldado solitário) é auxiliado por vários soldados espaciais, cuja estrutura de organização lembra em muito a hierarquia militar com a qual estamos acostumados.Todos aqueles sobretons de patriotismo e heroísmo tão comuns na cultura norte-americana estão presentes, ainda que de forma sutil, no fiapo de narrativa do jogo.E isso tudo acaba de certa forma projetado no modo multijogador, que normalmente reproduz os conflitos da história central de uma forma mais solta.OK, pode parecer que eu estou viajando aqui, mas, pensando no papel de Halo no contexto cultural de um mundo pós-11/9, em que as soluções militaristas passaram a ser cada vez mais malvistas numa escala global, a roupagem escapista presente em Halo parece mais apropriada para repassar velhos conceitos em tempo modernos.


Fato é, Halo é um jogo bastante competente no que é; não inova, porém otimiza vários aspectos datados de um gênero estagnado, estabelecendo conceitos que viriam a se tornar o padrão.A sua narrativa também é simples, mas tem carisma (não dá pra não amar os nomes nonsense de cada fase, que parecem que tiram um sarro da aura de "cara durão" do jogo).No final das contas, o espetáculo, o barulho, o conflito, são coisas que tem valor cultural tão duradouro quanto aqueles outros elementos que os críticos de nariz empinado (hu-hum) gostam.A franquia Halo continua dando os seus frutos; a terrivelmente nomeada expansão/sequência de Halo 3, ODST (que quer dizer Orbital Drop Shock Trooper, nada a ver com Doenças Sexualmente Transmissíveis), acabou de ser lançado, e está sendo recebida muito positivamente pela crítica; ao que parece, Halo não vai parar de dar crias em algum tempo.O jogo original, apesar de ter o seu charme, ficou algo arcaico, e a conversão para o PC é muito meia-boca (o jogo sofre de uma lentidão assustadora, mesmo tendo sido lançado em 2003) para ser recomendada.Realmente, o jogo é melhor do que eu esperava, sendo do-contra como eu sou, mas, honestamente, se um dia a humanidade descobrir o sentido da vida, certamente não vai ser jogando Halo.